Tenere 250 depois de rodar 12 países

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Como ficou minha Tenere 250 depois de rodar 27 mil kms por 12 países na expedição América do Sul?
(Essa é uma versão blog, desse vídeo de muito sucesso no meu canal: 
https://www.youtube.com/watch?v=85BwvxvOqUA)




https://www.diariodopresi.com/2018/05/documentario-quero-contribuir.htmlSaludos hermanos!, Então; fiz uma expedição por todos os países na América do Sul, de moto, solo, em 3 partes, sendo que nessa 3ª e ultima parte, eu fiz com a tenere 250 por 12 países. 

Sempre que eu vou fazer uma expedição, meus planejamentos, tanto financeiro como no resto, começa bem antes, e um deles é a escolha da melhor moto para aquela viagem em questão. Sempre preferi motos novas e pequenas, porque?




Não é errado você ir com a sua moto, antiga, não curto o termo velha, mas motos antigas por mais que você dê um bom trato, troca tudo, manutenção geral e tal, sempre vai haver aquelas peças intimas que ainda estão originais e podem dar final de vida lá num deserto da vida e você estará com um sério problema. Isso não é regra ok. Então o que faço é comprar uma moto nova, que seja pequena, mais barata, amaciar bem o motor dela que não seja no estilo cgzeiro da vida (o termo cgzeiro não é discriminação com quem tem cg, é um termo muito usado no meio motociclístico para determinar os motoqueiros que tem moto para fins de baderna, arruaças, rachas, pegas, manobras, grau e outros mau uso que não seja o bom senso e racionalidade, serve para quem tem moto grande ou pequena), e partir.

Assim fiz com a Tenere também, depois de uns 8 mil km rodados. Porque, se tiver de dar algum problema de fábrica, já teria dado nesse período entre 2-8 mil km de amaciamento e algumas peças ainda originais que precisam de reposição daria para ir e voltar sem precisar trocar no caminho.

Para isso você precisa fazer alguns reforços e acessórios na moto, não basta apenas comprar e ir, precisa conhecer muito da sua moto, ir nos fóruns, ver sobre os pontos negativos, se há algum problema crônico no geral, etc. Eu fiz uma serie de 6 vídeos da tenere, estão aqui no meu canal, lá especifico todas alterações e adaptações que fiz, cada acessório foi pesado e catalogado, pois preso muito por peso e bagagens com motos pequenas, isso deve ser levado em conta, por mais que pareça que carrego muitas coisas e o povo gosta muito de julgar e criticar bagagens dos outros né, sem ter noção de viagem alguma, até tenho um vídeo sobre isso no meu canal também.
 
Porém, como é uma trip longa, tem que levar em conta alguns fatores, como peças sobressalentes, você precisa conhecer da sua moto quantos km dura algumas peças e fazer sua conta, assim saberá o que precisa levar para trocar no meio do caminho, porque carregar toneladas de peças desnecessárias também não é nada inteligente né! por isso um bom planejamento para saber de tudo isso.

No meu caso, eu rodei vazio o máximo que consegui e na fronteira comprei para levar relação completa e filtros de óleo e de ar, originais; certas coisas não compro paralelo, não é questão de ser rico, de ser barão, bobagem um hater falar isso, é questão de planejamento.

Tudo novo e trocado na saída, não tem porque dar problemas pelo caminho. Eu nunca tive problemas com motos em minhas viagens, porque sei fazer um bom planejamento antes de ir, manutenção e check-list sempre e "bora rodar". Pelo caminho você não ficará na mão também não, não é assim, tem oficinas por todo lado, mas o modelo da tenere 250 por lá é a antiga, então tem que saber quais peças sobressalentes pode usar por lá ou levar daqui para carregar o mínimo de volume e peso. Tem que saber de tudo isso.
  

Pneus por exemplo, o povo tem mania da famosa pergunta: E se o pneu furar? gente, pneu furado é o menor dos problemas, furou é só remendar, hoje em dia tem muitos kits de reparos inteligentes, isso é detalhe bobo. No meu caso, eu coloquei logo um Mitas E07 e câmara reforçada Mitas a única com classificação TD06 no mundo, não tive nenhum problema, está aqui até hoje! É um pneu da republica Tcheca, comprei na Moto Rides Curitiba, pessoal bacana, gostei tanto que vou por outros iguais! Mas porque esses? Por conta do meu roteiro, como atravessei a selva da Guiana Inglesa, Deserto de Uríbia, atoleiros, etc, eu precisaria de um pneu desse nível. Por isso o planejamento, saber onde será seu roteiro determina qual pneu você deva usar, misto ou só asfalto, nada de levar pneus amarrados na moto não, isso é bobagem e dá multa para entrar em alguns países. Tem lugares para comprar pneus por toda América do Sul, no meu caso eu despachei os mitas para Belém e fui rodando com os originais até lá, porque de lá em diante eu iria pegar off-road, com mitas novos na moto. Fiz um esquema parecido quando fui para Patagônia de VStrom 650, fui até lá com os originais, pois era só asfalto e troquei pelo Heidenau K60 lá em Punta Arenas que eu já havia pesquisado antes, peguei o ripio com pneus novos e tops. Planejamento! Fui muito criticado pelos Haters na época, com suas arrogâncias e julgamentos por conta de eu não ter saído com pneus novos daqui, que não era assim que viajava, isso e aquilo de haters....mas deixa pra lá... Fui, deu certo e não tive problemas.

Quando se vai viajar assim, deve-se ter noção que a moto é extensão de sua vida, novamente, não estou dizendo que devemos cair no ridículo de endeusar a moto, de meu amor, minha vida, não! É só um bem material supérfluo, não é um filho, mas cuidar dela como o bem material que está te assegurando a vida, que Deus lhe concedeu inclusive para a realização de seu sonho, então o esquema é tratar a moto com mais cuidado, nada de ficar forçando desnecessariamente, de chegar no limite da moto sem noção alguma, tudo isso leva à desgastes prematuros de várias peças que poderão te dar problemas.

A tenere 250, como eu já disse na serie de 6 vídeos, é uma moto com pontos positivos e negativos como quaisquer outra (a não ser para os fanboys né mano, para fanboy é a moto perfeita e não me fale nada dela kkk), dentre eles está o fraco motor, com baixa potência, isso nas altitudes afeta muito, tinha hora que eu viajava de segunda, terceira marcha, se eu engatava 4ª ela morria, mas tem que tolerar, já sabia que era assim, não ter pressa é normal aqui, baixo km de autonomia por dia é normal também, entre 200 à 600 km rodados por dia no máximo, depende da região e turismos, o máximo que rodei foram 950 km no primeiro dia que tive que acampar no mato, mas foi punk, foi doído!
        
 

Porque eu escolhi ela então?

* Peso principalmente, atravessar selvas, desertos e atoleiros, sozinho com moto grande é burrice! Colocar no navio, avião, tudo é por peso.

* Economia, no geral ela fez 29 km/lt, porque a gasolina lá para fora é muito melhor, principalmente as clandestinas de 1 real na Venezuela e norte da Colômbia, não essa garapa que temos aqui! Economia também no quesito de peças, da própria moto, etc.

* Durabilidade, é uma moto que já tem um histórico de durabilidade no geral, não que não tenha seus problemas crônicos, mas não tive.

* É trail, não iria com outro estilo.

* Não corre, é um fator muito interessante, além de nunca ter problemas com excesso de velocidade, você vai aproveitar muito mais o regionalismo, paisagens, isso é vida!

Tá, mas e como ficou a moto depois da viagem?
Então, como não tive problemas algum, ela chegou de boa, como as outras motos que já fui, claro que precisando de uma boa revisão para troca de muitas peças de manutenção normal mesmo. É ter noção que ao sair e ao chegar você precisa gastar com revisão geral, outra vantagem de moto pequena, custo de manutenção, se eu tivesse ido com uma 1200?

Mas há aqueles que não se preocupam com problemas né, não faz nada disso na saída nem na chegada, tá nas mãos de Deus, os desleixados que vão só no estilo Foda-se né, tô fora dessa companhia, podem ir!

Outra coisa que não deve se preocupar, é com a questão de estética. Não curto esse lance de flanelinha não, moto nova, limpinha, tudo brilhando é legal e tal, bonito de se ver, mas é para usar, e se coloco na chuva é para se molhar, isso é só um bem material, lavou tá limpo, quebrou arruma, não é samambaia não. Nessa parte ela chegou bem detonada, mas já sabia disso, a tenere tem um histórico de qualidade ruins nos cromos e tintas, enferruja fácil, desbota, descora né, ainda mais quando se passa por salares, chuvas, atoleiros, etc. Faz parte, é não ter dó dessa bobagem não. Moto precisa ter é manutenção em dias, assim terá cuidado com sua vida e a dos outros.



Ter coisas para status não é pra mim.  
"Status é comprar coisas que voce não quer, com o dinheiro que você não tem, a fim de mostrar para gente que você não gosta, uma pessoa que você não é."

Meu dinheiro não é lixo, e acredito que o seu também não seja, então vamos ser feliz com o que tem, o resto é planejamento, ter peças, equipamentos melhores não é ser rico, é saber fazer planejamento, juntar dinheiro.
Aqui nesse curso, eu mostro "Como conseguir patrocínio e dinheiro para viagens". Como eu viajo tanto ganhando pouco? Dá uma olhada aí, caso se interesse!

No mais é isso, qualquer moto viaja, depende de você, me perguntam se eu iria novamente com ela, sim, faria tudo novamente! Foi perfeita para o roteiro que fiz. Não tenho planos de trocar por agora, não porque gosto da moto, mas por questão financeira mesmo, e todo aquele lance de vender e comprar outra é um saco, muito trabalho e canseira, melhor ficar quieto, até mesmo porque tenho um outro planejamento em curso e talvez vou precisar do dinheiro dela, não sei, deixa rolar. 
Bora rodar e fiquem com Deus!

 
(Essa é uma versão blog, desse vídeo de muito sucesso no meu canal: 


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